Planolândia / Edwin Abbott
Quantas dimensões existem? Três? Quatro? Cinco? Onze ou doze? Esse assunto ainda gera discussões entre os físicos, que mergulham em cálculos para responder a questão.
Em 1884, quando Einstein ainda usava calças curtas e o tempo ainda não era considerado a quarta dimensão, Edwin A. Abbott escreveu um romance chamado Planolândia (do inglês Flatland). Trata-se de um universo bidimensional, onde vivem triângulos, pentágonos, círculos e outras figuras geométricas, como o quadrado, narrador da história. Apesar de ter sido escrito há mais de um século, a história cabe como uma luva no contexto atual.
As figuras geométricas se dividem em classes, assim como a nossa sociedade. O que as diferencia, porém, é a quantidade de lados de cada polígono, que vão desde as mulheres – representadas na história por linhas – até o sumo-sacerdote, um polígono de tantos lados que se assemelha a um círculo. No meio dessa história, tantas outras figuras vivem e se socializam no universo de duas dimensões de Planolândia. O texto é acompanhado de algumas ilustrações, para que o leitor possa entender como as coisas funcionam em Planolândia, como os polígonos vêem, se reconhecem e, principalmente, como é a divisão social, os cargos e os papéis que eles representam na pirâmide hierárquica.
Como os seres de um universo bidimensional reagiriam com a suposição de que existe mais uma dimensão? Como o quadrado a descobre e que risco corre ao tentar contar algo indizível para as outras figuras? Essas são perguntas que serão respondidas no decorrer da história e você ficará surpreso com a atualidade e pertinência das conclusões que irá ter ao final do livro.
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