A GRANDE PIRÂMIDE DO EGITO – PARTE 2/3
A TEORIA DAS RAMPAS DE JEAN-PIERRE HOUDIN
A construção da Grande Pirâmide é creditada ao período do reinado do faraó Queóps (Khufu) da Quarta Dinastia Egípcia, e a concepção do design ao seu irmão e arquiteto Hemeneu.
Necessariamente, para a missão de elevar os blocos a 146 metros do chão, foram convocados dezenas de milhares de trabalhadores habilidosos de todo o reino, ao contrário do trabalho escravo teorizado há tempos.
Em 1999, entusiasmado com um lampejo de inspiração, Henri Houdin, um já aposentado engenheiro civil, acreditou que resolveria a questão milenar de como a Grande Pirâmide foi construída. Foi quando iniciou a teoria das rampas internas.
O arquiteto de sucesso e especialista em gráficos 3D, Jean-Pierre Houdin, foi convidado por seu pai a ajudá-lo na empreitada – demitiu-se de seu trabalho diário e dedicou-se em tempo integral a causa. Juntos ao egiptólogo Bob Brier puderam concluir sua hipótese.
Nessa teoria, Jean-Pierre afirma a utlização de rampas externas até uma determinada altura, e a partir desse ponto, rampas internas foram instaladas para transpor as pedras da rampa exterior para a interior.
Teoria em mãos, faltavam-lhe dados empíricos. Um dado importantíssimo foi encontrada na aresta da pirâmide, a mais ou menos 90 metros de altura. Essa peça é o principal bloco da construção da teoria de Houdin, pois marca o local onde os antigos egípcios manejavam a virada dos blocos de pedra, na medida em que gradualmente empurravam os blocos da rampa externa para a interna, bem como para virar os blocos em seu interior.
Em 2008, Brier e a equipe de filmagem da National Geographic, juntos a um escalador profissional, subiram até a este ponto, se expremeram e adentraram em um quarto estreito com forma de ‘L’. Possivelmente, foi em ângulos vazios como esse que para Houdin os construtores giravam os blocos em 90˚ e os levavam para a rampa interna.
Mas esse não é o único dado para a teoria de Houdin, sendo apenas mais uma parte do quebra-cabeças, adicionados às informações imprescindíveis obtidas por ele no ano 2000. Nesse ano, a teoria de Houdin recebeu o suporte do francês, e doutor em ciências, Huy Duong Bui, após ele ter assistido a uma apresentação do arquiteto em uma conferência científica. Ele compartilhou duas informações excitantes com Houdin – a primeira é que durante sua vistoria da pirâmide em 1986, sua equipe ficou chocada ao encontrar uma raposa do deserto em um buraco na altura próxima aos 90 metros de altura. A não ser escalando a face inclinada da pirâmide, de que maneira esse animal poderia ter chegar lá a não ser caminhando por uma rampa externa?
Para respaldar ainda mais a teoria de Houdin, Dr. Bui apresentou um escaneamento detalhado no qual foi medido a densidade da pirâmide afim de tentar detectar câmaras ocultas.
O resultado não revelou nenhuma câmara, mas o escaner mostrou um padrão curioso – a existência de uma estrutura vazia em espiral no interior da Grande Pirâmide – o que vai ao encontro da teoria da rampa interna de Jean-Pierre Houdin.
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