6ª Expedição Rebio 2Bocas 2/2
Segunda-feira (06/08) a ventania continuava no Alegre. Fomos checar a PFN2 em Pau-amarelo, mas só obtivemos imagens de uma moto que passou na trilha da onça no domingo. Tivemos que mudar de estratégia.
Pensamos que isso afugentou a onça, por isso retiramos o equipamento para instalar em outro lugar. Pelo menos no caminho encontramos muitas espécies de pássaros. Nos pontos de ceva registramos pacas, cutias, cuícas.
Gambás também registrados diversas vezes.
Na parte da tarde deixamos o alojamento do Alto Alegre para intensificar as buscas nos arredores da sede da reserva em Duas Bocas. No caminho um grupo de macacos-prego atravessou a mata que cobria a estrada, e um gavião carijó foi fotografado pousado em cima da cabeça de um boi no pasto.
Ainda à tarde, instalamos a PFN2 na trilha do Rio Panelas, onde rastros da onça foram encontrados. Também instalamos armadilhas para capturar animais durante a noite.
Retornamos ao alojamento. Atentos, vimos uma surucucu pico-de-jaca (45cm) muito próxima da casa. Conseguimos aprisioná-la em um tonel para fazer as fotos e filmagens na manhã do dia seguinte. A surucucu da espécie pico-de-jaca é super letal (pode matar um adulto em 5 horas), e a espécie conhecida como 88 é a maior serpente venenosa das américas.
Sendo assim, na terça-feira (07/08) manipulamos a surucucu pico-de-jaca com muito cuidado para fazer registros. Depois disso a equipe se dividiu: uma foi para a represa velha fazer imagens para o documentário, a outra saiu numa busca para encontrar o ouriço e o tamanduá na região do Sertão Velho, a última equipe saiu de lancha em busca de novas espécies de animais para o livro. Nas armadilhas de captura mais cuícas. Atualmente esses roedores têm papel estratégico na produção de café de alta qualidade.
Ainda houve tempo para uma viagem até o Alegre para checar as câmeras de lá. Destaque para os rastros da mão-pelada na trilha de cima da casa e imagens de gambás na câmera Trap.
Na manhã de quarta-feira (08/08) notamos que o surucucu que estava no tonel havia desaparecido. Ou ela escapou subindo no tonel ou uma coruja atacou à noite, ficamos sem saber. Depois saímos com um mateiro para encontrar o tamanduá e o ouriço. Encontramos um grupo de quatis amarelos brigando no alto da árvore. Muito barulho e disputa. Enquanto eles brigavam, aproveitamos para fazer registros.
Montamos a PFN1 na parte da tarde para monitorar um cachorro-do-mato que visitou a ceva com sal e mamão próxima ao alojamento. Ele deixou a pegada no monte de sal utilizado para atrair veados. Porém, ele não apareceu durante o período que estávamos monitorando manualmente, mas na madrugada ele voltou e comeu os mamões novamente.
Por fim, na quinta-feira (09/08) vimos que as câmeras Trap de Duas Bocas tinham registrado gambás, cuícas e pacas. Assim, fomos ao Alegre para retirar as câmeras de lá – que só haviam feito imagens de cuícas. Também fomos à região de Pau-amarelo p