Este é o mundo espetácular. Mais importante é a simples imagem, o vazio espetáculo, o raso. a velocidade imposta pelo ritmo da contemporaneidade leva ao empobrecimento das experiências vividas em nosso tempo.
Viver o espaço urbano, hoje, é entendido como meramente observar o cenário construído. Sem alma, a cidade passa a ser um objeto de representação pobre, com um potencial de registro e comunicação infinitamente maior, mas que é resultado quase que apenas do projeto de quem nem sabe se a experimenta. “Os urbanistas indicam usos possíveis para o espaço projetado, mas são aqueles que o experimentam no cotidiano que os atualizam. São as apropriações e improvisações dos espaços que legitimam ou não aquilo que foi projetado, ou seja, são essas experiências do espaço pelos habitantes, passantes ou errantes que reinventam esses espaços no seu cotidiano.” *
“Vitória ganha mais um espaço de lazer e eventos com a inauguração da nova Praça do Papa…”. Com 83 mil metros quadrados e com o investimento de 8 a 15 milhões de reais o que se vê é um espaço abandonado, em estado permanente de manutenção forçada e mal – pessimamente – iluminado. Bonita e desencarnada. Alguém já se sentiu convidado a usufruir da praça em um dia ordinário, sem um mega evento da prefeitura / empresa de eventos?
Eu fui proibido.
*Retirado do texto ‘Corpografias urbanas’ da arquiteta-urbanista e professora Paola Berenstein Jacques
Vamo expurgar a praça toda!
O controle político que gerencia obras publicas não é publico, o povo foi, e é expurgado do controle pelos detentores do capital.
O que sobra? Praças vazias com skatistas sendo oprimidos. Essa é a democracia dos tempos modernos.
bora expurga a praçaaaaaaaaaaaaaaaa porra!