Expurgação e ColetivoExpurgação and Collective
Continuamos… sendo bombardeados por discursos globalizantes e pragmáticos que sugerem um caminho egocêntrico e limitado. Visto que a luta pelo que é “seu” virou sinônimo de batalha contra o semelhante, às vezes contra todos, as relações humanas foram contaminadas pela competição econômica que, por sua vez, atingiu a consciência em nível de aprisionamento psíquico do ser no mundo material fortemente condensado.We go on…being bombarded with globalizing and pragmatic discourses which suggest an egocentric and limited path. Considering that the fight for what’s “yours” has become a synonym for battle against equals, and sometimes against everyone, human relations have been contaminated by economic competition, which, in turn, has reached conscience at a level of psychic entrapment of the human being in the highly condensed material world. Sendo assim, a abstração da consciência se tornou um fenômeno tecnológico mediado pela intenção programada, ou um último suspiro da vida traduzido por gestos irracionais e libertadores.
No entanto, o conservadorismo tendencioso desse início de século não atingiu a unanimidade, ao contrário, causou aversão ao retrocesso às décadas perdidas através de ondas contestadoras da realidade. Logo, o aparecimento das “desorganizações” interessadas na implosão do sistema utilitarista da era industrial é absolutamente normal, principalmente quando contesta a sistematização excessiva da cultura urbanóide.
Contra essa tendência homogeneizadora do comportamento humano, dos processos e das organizações, surgiram iniciativas experimentais reativas que identificaram o falso pós-modernismo e revelaram os bastidores da desagregação. Através desse contexto hiper-assimilado, o princípio da coletividade foi resgatado por fragmentos da sociedade do conhecimento que, incontestavelmente, espalhadificaram a desinformação instalada pelas gerações do poder. Reascendendo os elos históricos e incluindo as variáveis intangíveis da natureza criativa dos seres, esses fragmentos correlacionados passaram a reunir diversas frequências.
Então, a cobiça dos empreendimentos sistemáticos que se mantém focados na vastidão do campo criativo, tentando encontrar substância para captar consciências e integrá-las ao seu legado alienante, é consumida pela contestação ontológica aventureira. Um desejo coletivo que busca provocar transformações em cadeia, profundas e decisivas, a fim de que as órbitas da consciência possam quantificar as inovações para que sejam transmitidas em pacotes, sem qualquer ligação, até a interface do ciborg humanóide.
Manifesta-te a ti mesmo e tu saberás quem somos. Thus, the abstraction from conscience has become a technological phenomenon mediated by a programmed intention, or a last breath of life translated by irrational and liberating gestures.
However, the tendentious conservatism from the beginning of this century has not reached unanimity. On the contrary, it has caused aversion to the regression of lost decades through waves of contesting reality. Thus, the rise of “disorganizations” interested in the implosion of the Industrial era utilitarianism is absolutely normal, especially when contesting the excessive systematization of the urbanoid culture.
Against this homogenizing tendency of human behavior, processes and organizations, many experimental reactive initiatives arose, identifying a fake postmodernism and unveiling the backstage of disaggregation. Through this hyper-assimilated context the principle of collectivism was brought back to the surface by fragments of the knowledge society which, undoubtedly, spread the disinformation installed by the generations of power. Reviving historical links and including the intangible variables of the creative nature of beings, those correlated fragments brought many frequencies together.
So, the greed of systematic enterprises which keep focused on the vastness of the creative field trying to find substance in order to catch minds and to integrate them to their alienating legacy is consumed by the adventurous ontological questioning. A collective desire that seeks to provoke deep and decisive chain transformations, in order that the orbits of conscience may quantify the innovations so that they can be transmitted in packages, with no bonds, to the interface of the humanoid cyborg.
Manifest thyself and thou shalt know who we are.
Tradução: Caio Nucci
Joga no capricho!
Mil grau!!!
Belo texto! Decepou demais.
Gostei de saber quem são vocês.
Mas “a cobiça dos empreendimentos sistemáticos que se mantém focados
na vastidão do campo criativo, tentando encontrar substância para
captar consciências e integrá-las ao seu legado alienante, é consumida
pela contestação ontológica aventureira.” é mais um artifício para
ganhar uma graninha, né não? Afinal são os dividendos que nos intere$$a! Independente da mercadoria que está sendo vendida…
Esse texto seu, Gasphar, me levou a esse outro
(http://colunas.revistaepocanegocios.globo.com/ideiaseinovacao/2011/10/11/ocupar-wall-street-claro-por-que-nao-pensando-bempor-que-sim/), o autor afirma categoricamente que “O capitalismo é uma força da
natureza – é uma manifestação bottom up, não um sistema idealizado por alguém”, mas que “Ninguém pode conter essa coisa, mas pode-se (e deve-se) regulá-la” …
Esse último argumento, para mim, é a mesma coisa que fizemos com o instinto sexual: não acabamos com ele – o que é impossível – mas criamos algumas regras (moral, casamento, cultura, religião, tudo
colabora para facilitar o fluxo da energia sexual) para que o fluxo não atrapalhe a ordem das reproduções de seres humanos e nem perdermos o prazer de uma boa trepada somente por prazer, o que é um desvio do instinto original (só para reprodução, lembra?)
Mais adiante ele afirma: ”To trade” tem a ver com um tipo de interação raro, porque é, talvez, a única em que quem “compra” e quem “vende” se sente mais rico após concluída a transação. Ela não ocorre se uma das partes não aceitar os termos da “troca”. Exige negociação, respeito, porque, caso contrário, a transação, que ambas as partes almejam, não ocorre.”
Legalzim, mas e quando “ter coisas” é substituído por “parecer ter coisas”? Já que estamos falando de propriedade intelectual, coisas que não se dividem quando se compartilha, ao contrário, se multiplicam!
Enfim, penso que propriedade intelectual é uma coisa e mercadoria intelectual seja outra coisa, e que o saber, apesar de ser mercantilizado, nunca será propriedade de ninguém.
Seu texto é propriedade intelectual da expurgação ou do Raphael Gasphar Tebaldi? Isso importa?
Hoje não, mas no futuro, quem sabe?
“Vamos ganhar uma graninha?” (num é assim que os tarados pelos lucros falam pra gente?
Porque estamos girando em torno disso: ganhar o máximo com o mínimo de esforço, tipo a bauhaus, lembra?
Se for automatizado, como na internet, melhor ainda!
Saravá!
o contraste do brilho romântico com a escuridão realista cria impensáveis perspectivas… em nível de máquina habitada e de consciência flutuante… mostra em que órbita estamos nos comportando… é uma questão bruta encarnada na perturbação dos resultados… ora perturbando, ora sendo perturbado… como respostas sem pergunta prévia, como perguntas sem interrogação… um movimento encantador das possibilidades quânticas…