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Big Bang Criativo

A organização dos Coletivos nos permite complementar os saberes e viver novas experiências que podem dialogar com a criatividade e nos fazer sentir a “realidade”, sem a interferência do pensamento tecnicista, da paranóia securitária e dos gabaritos do mercado. Tanto que o termo coletivo designa uma fluência psicobiológica natural do “ser” em relação ao universo que o constitui, que também significa o poder de expurgar as perturbações mentais e as necessidades materiais que nos acompanham.

Acontece que, quando pertencemos à ambientes hostis, a exemplo da convivência em espaços públicos sem segurança e muitas vezes sem nenhuma relação simbólica com o imaginário popular, nossa unidade consciente, como uma célula, mantém a membrana espessa para preservar seu interior. E a espessura exagerada da membrana resulta em uma rede de células resistentes à interação ou com dificuldades de interagir entre si.

Ao contrário disso, os espaços coletivos permitem que as membranas sejam recolhidas, através do reconhecimento do propósito coletivo de praticar uma política da cooperação para o bem estar dos membros da rede; aliado à oportunidade de participar do processo de re-significação cultural da vida urbana. Assim, pensamos que a educação pela cultura (educação difusa) é a iniciativa mais coerente para se trabalhar a consciência dentro dos limites da tolerância e do incentivo moral. Não há atalho!

Sabemos que o conteúdo de uma unidade consciente não pode ser recolhido como um pacote e transferido diretamente para outra unidade, verticalmente, pois essas unidades são intangíveis. Melhor dizendo, o processo de aprendizagem se dá muito mais pela influência e sugestão de saberes do que pela imposição de regras pré-estabelecidas. Logo, a verticalização do ensino em todas as suas esferas é um fator hierárquico limitante do ponto de vista criativo e evolutivo.

Como o conceito de inflactron (1), presente na ciência que estuda a origem do universo, que acredita que, alterando a energia que introjetou o colapso do big-bang, um trilionésimo de segundo antes da “explosão”, ou aumentando o inflactron, também aumentamos a temperatura do universo criado, fato que remete a uma certa instabilidade criativa – quimeras da criação.

Optamos então pelo princípio do curvatron (2), uma outra possibilidade além do inflactron que remete a um determinado controle da criação ou estabilidade criativa, através da influência de um campo magnético e da estabilidade da temperatura do universo criado por essa energia influente, que não invade diretamente o sistema alheio, mas que aproxima as informações contidas no conteúdo das unidades conscientes do contexto, provocando explosões criativas estabilizadas.

Resumindo essa história, o Expurgação pensa que coletivo é um espaço psicobiológico de compartilhamento de conhecimento, onde é possível influenciar e, principalmente, ser influenciado pelas unidades conscientes através de curvatrons, sugestões perturbadoras não invasivas que podem curar estados caóticos (variedade sem unidade) e monótonos (unidade sem variedade) da vida.

(1) (2) Novo modelo cosmológico tenta dar novas pistas sobre o Big-Bang e o Universo inflacionário. Disponível em: http://eternosaprendizes.com/tag/alan-guth/, acessado em 23 de agosto de 2013.

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