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Arqueoastronomia, Parte 2: Antigos Observatórios

Nos quatro cantos do mundo são encontrados antigos observatórios caracterizados principalmente como marcações rústicas feitas com pedras, sem acabemento; megálitos ordenados em círculos; e também templos de proporções monumentais.

As marcações mais simples, feitas com pedras empilhadas, apontam a direção exata no horizonte em que o Sol nasceria nos solstícios e equinócios. A intenção de erigir monumentos que refletissem em terra a ordem referencial – e inquestionável – assistida nos céus, também foi aliada às tecnologias que alguns povos possuíam –  sejam primitivas como alguns resquícios descobertos pela arqueologia, ou altamente avançadas como a imaginação é capaz de magnetizar. De qualquer forma, esses legados existem e se fazem atemporais por resistirem ao passar de tantas eras.

Por estarem em contato com os fenômenos celestiais, e a natureza ao redor, os antigos egípcios também foram capazes de prever eventos de grande significância para eles no meio deserto no qual se encontravam. A observação da estrela Sírius, na constelação de Cão Maior, e a visualização de seu nascimento, ou ascenção, sobre o horizonte, em meados de Junho, servia como aviso devido ao sincronismo existente entre a elevação do nível do rio e esse fenômeno celeste.

Ao sul do Egito, no complexo arqueológico de Abul Simbal, as gigantescas estátuas de Ramsés II, o Grande, encaram o leste em saudação ao Deus Sol Rá, sendo este aquele que traz, conduz ou porta a luz. Sempre que o Sol nasce, todos os as estátuas se iluminam.

Na Europa, mais precisamente à oeste da França, na ilha de Jersey, está a passagem para o centro de tumúlos La Houge Bie. A entrada da passagem para o interior desse complexo foi instalada para que fosse iluminada nos equinócios de primavera e outono, e é o que acontece há mais de 5 mil anos. Na época medieval, foi construída uma capela em cima dessa montanha artificial.

Stonehenge é um exemplo dessas construções que atuam como observatório para acompanhar o sol através das estações. Localizado ao sul da Inglaterra, esse monumento também desempenha o papel de calendário, capaz de prever solstícios e equinócios.

Callanish, considerada a Stonehenge do norte, encontra-se na Escócia e alinha-se com o norte, sul, leste e oeste.

O túmulo New Grange, localizado na Irlanda, em algumas manhãs ao redor do dia do solstício de inverno, o Sol nasce e brilha diretamente sobre a passagem interna desse monumento. Dessa maneira, ilumina o túmulo no interior dessa construção de aproximados 5200 anos.

Chankillo, localizado no sul do Peru, é um observatório solar que foi construído para que, no solstício de inverno, o Sol suba por trás da extremidade à esquerda da Torre dos 13, alinhando-se entre essas estruturas ao longo do ano.

Em Chichen Itza, na península de Yucata, no México, está o observatório intitulado Caracol. Este antigo laboratório maya de observações celestiais era destinado para acompanhamento de eventos relacionados ao Sol, a Lua, e também ao planeta Vênus, o qual possuia grande importância para o povo Maya.

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